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A Política Privatizadora do Governo leva ao Encerramento de Dezenas de Estações dos CTT em todo o País

Jun 04, 2013

O Governo e a Administração dos CTT têm vindo a executar uma política de destruição da rede de Estações dos CTT tendo como objectivo final a privatização deste serviço público, o que tem indignado alguns autarcas e as populações afectadas pelos encerramentos das Estações dos CTT.

Desde Janeiro de 2013 já foram encerradas 110 Estações em todo o país, 60 destas Estações encerraram no último mês. Alegando menos encargos para os interessados na compra dos CTT, o governo e a administração assumem que estão a trabalhar no sentido da privatização e estão a encerrar dezenas de Estações deixando as populações longe deste serviço que sempre foi de proximidade.

Esta política é demonstrativa da falta de respeito pela população e pelos funcionários dos CTT que vão ser colocados nas poucas estações que restarem abertas, como excedentários, para facilitar o seu futuro despedimento e é demonstrativa de incoerência que tanto caracteriza este governo querendo privatizar os CTT que sempre foram lucrativos.

Muitas manifestações realizadas nos últimos dias contra os encerramentos das Estações dos CTT intimidaram a administração. Em Lisboa, vários foram os protestos e numa atitude desesperada a administração ordenou bruscamente na passada sexta-feira o encerramento de todas as Estações da capital antes da hora de fecho, afectando centenas de instituições e munícipes, pondo em causa o cumprimento de prazos legais que dependem do serviço postal, criando problemas futuros às populações, ainda difíceis de apurar, apenas para limitar e fugir à contestação impedindo a realização dos protestos no interior das Estações. Algumas destas Estações não voltaram a abrir no dia útil seguinte, segunda-feira, de que é exemplo a Estação dos Anjos, de Carnide, do Bairro do Condado e da Calçada de Carriche que estão definitivamente encerradas e a Estação da Ajuda que tem encerramento anunciado em Julho.

A par do Governo, o Presidente António Costa na CML tem consentido a atitude privatizadora e desrespeitadora do Governo e deixa ao abandono a população na sua luta pela manutenção das Estações. Em Bairros onde a população é maioritariamente idosa o encerramento da Estações dos CTT traz consequências graves para a população, significando uma diminuição das condições de vida e as alternativas apresentadas não satisfazem as necessidades da população ter serviços de proximidade nem oferecem segurança, principalmente para os idosos levantarem as suas pensões.

A população é apanhada de surpresa uma vez que os encerramentos não são informados à população e acontecem de um dia para o outro.

O PCP está ao lado das populações nesta luta e está contra a privatização deste serviço público. O PCP apela às populações que mantenham a sua justa luta pela reabertura das estações encerradas, pela exigência do cancelamento dos encerramentos das Estações dos CTT e pela suspensão do processo de privatização dos CTT.





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