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Encerramento de 6 Hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa Central - Continua a especulação imobiliária em Lisboa

Dez 06, 2017

Foi publicada a 28 de Novembro, a Resolução do Conselho de Ministros, que formaliza o processo de encerramento dos 6 hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), e os procedimentos necessários para a celebração de uma parceria público-privada, PPP, para o projecto, a construção, o financiamento, a conservação, a manutenção e exploração do futuro Hospital Oriental de Lisboa.

 

Estamos perante outro infeliz episódio para a Cidade de Lisboa, mas também para o País,  uma vez que é agora assumido cabalmente o encerramento de 6 Hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa Central, (São José, Capuchos, Santa Marta, Estefânia, Maternidade Alfredo da Costa e Curry Cabral), dos quais 3 estão situados na Colina de Santana. Estes hospitais  cumprem com a prestação dos serviços de saúde essenciais à população da Cidade de Lisboa, sendo hospitais de Referência (abrangendo, portanto, todo o território nacional ao nível das patologias complexas).

 

Os vereadores do PCP, apresentaram em reunião de Câmara, realizada a 29 de Novembro, uma moção para que a CML assumisse o compromisso de defender a reversão do processo de encerramento dos hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa Central.

 

A reprovação desta proposta, com os votos contra do PS, PSD, CDS e abstenção do BE, manifesta claramente o posicionamento destes num processo em que  o modelo de PPP para o novo hospital beneficia claramente o sector privado, em que os serviços hospitalares prestados actualmente pelos 6 hospitais sofrerão uma redução com o que está previsto instalar no novo hospital, a qual não se pode desligar da prática actual de sistemática transferência da prestação de cuidados de saúde do serviço público para as unidades privadas de saúde. Tudo isto num quadro de indefinição sobre o que vai acontecer aos edifícios dos actuais 6 hospitais do CHLC, nomeadamente incerteza em relação a projectos de entrega de alguns dos edifícios à especulação imobiliária, apresentados anteriormente.

 

O PCP continuará a intervir na defesa do serviço público hospitalar, essencial para Lisboa e para o País.





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