No momento em que é apreciada na CML a Proposta que visa aprovar a celebração de Acordo Parassocial entre o Município de Lisboa e os restantes acionistas da Valorsul - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos das Regiões de Lisboa e do Oeste, S. A, justifica-se reforçar a posição da CML pela reversão da privatização da EGF, como tantas vezes foi defendida pelo atual Executivo PS e, inclusive, pelo anterior Presidente da CML e atual Primeiro-ministro, António Costa.

Neste sentido, os Vereadores do PCP na CML apresentaram hoje em reunião privada de câmara uma Moção “Por uma VALORSUL pública, único garante dos interesses das populações” que foi rejeitada com os votos contra do PS, PSD e CDS.

Esta Moção visa reiterar a posição de que os municípios devem manter-se unidos na luta pela reversão desta privatização obrigando assim o atual governo ao cumprimento de um compromisso eleitoral, que se prepara para não cumprir, escudando-se em questões legais quando tem todas as condições políticas para concretizar a reversão desta privatização muito negativa para os municípios e para as populações. 

Visa ainda considerar que a adoção deste acordo parassocial possibilita aos municípios prosseguirem, com uma posição institucional mais reforçada e em conjunto com as populações e com os trabalhadores da VALORSUL, a luta política e jurídica pela reversão deste processo de privatização e pela anulação do brutal aumento das tarifas dos resíduos sólidos urbanos imposto pelo governo do PSD/CDS-PP.

Com a votação hoje verificada na CML, PS, PSD e CDS mostram uma vez mais que estão unidos naquilo que é estrutural e estratégico para o município.

Ao mesmo tempo, o PS mostra que mudou de opinião e agora já não está contra as medidas do Governo anterior, PSD-CDS, nem pretende reverter este processo que levou à privatização da EGF, e por consequência da VALORSUL.

Para o PCP, a luta vai continuar em defesa deste setor estratégico para as populações, para os municípios e para o país.