O Orçamento para 2013 e as Grandes Opções do Plano apresentados pelo PS na Câmara Municipal de Lisboa com muitos floreados que tentam esconder a falta de resposta às questões essenciais que Lisboa precisa de ver resolvidas. São documentos sem qualquer preocupação de elucidar os cidadãos sobre as principais estratégias definidas.
O PCP vota contra o Orçamento Municipal apresentado para 2013 pois nele não encontra respostas para assegurar uma vida melhor em Lisboa. O PCP defende que tem que ser criado mais emprego com direitos, mais politicas sociais realistas, atrair empresas que criem emprego, defender o comércio de proximidade, dar prioridade ao transporte público e ao peão, ordenar o trânsito e o estacionamento, mais e melhores serviços públicos, mais segurança para a população, reabilitar os bairros, ordenar e humanizar o espaço público, dinamizar a cultura e o desporto, apoiar o movimento associativo com intervenção activa e reconhecida na cidade, investir nos trabalhadores da CML como condição indispensável para a melhoria dos serviços e reestruturar as empresas municipais.
O Orçamento não apresenta qualquer enquadramento do processo orçamental 2013 nem apresenta quaisquer notas sobre a estratégia orçamental para 2013.
Os encontros de contas e pagamento de dívidas não estão clarificados, a regularização das situações com a EPUL e o PIPARU não são descritas nem explicadas.
O Plano de Actividades é totalmente omisso quanto à questão de desenvolver uma solução que permita à EPAL assumir a gestão e a exploração do saneamento em baixa em Lisboa. Não se sabe como será feita a transferência do Saneamento, em que moldes está a ser trabalhada, mas deveria acontecer em 2013 com impactos orçamentais.
Não consta do Plano de Actividades 2013 nenhuma referência à deliberação de dissolução da EPUL nem foram contabilizados os impactos da mesma seja em termos de Plano de Actividades seja em termos de Despesas de Funcionamento (Pessoal e Amortização de Dívida).
De salientar no Mapa de Pessoal que desde 2010 a CML perdeu 1169 postos de trabalho. O voto contra do PCP é fundamentado, para além das questões anteriormente referidas, pela inadmissibilidade de aceitar a redução de mais postos de trabalho, por comprometer a capacidade futura de resposta dos serviços e pela utilização do contrato a tempo determinado para suprir necessidades de natureza permanente.