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PS, PSD e CDS extinguem EPUL - PCP votou contra

Dez 07, 2012

Na reunião extraordinária de Câmara do passado dia 5 de Dezembro o PCP defendeu a continuidade da EPUL, uma vez que não foram apresentados argumentos válidos e fundamentados que justifiquem a extinção duma empresa que existe há 42 anos, com um vasto património, conhecimento e experiência adquirida e com 148 trabalhadores qualificados.

   O PCP não entende a urgência do executivo do PS, a reboque da situação dos mercados e com o apoio do PPD/PSD e CDS-PP, em querer extinguir tão depressa uma empresa com tamanha importância.

   O PCP exige que seja apresentado pelos responsáveis políticos um relatório fundamentado da situação da empresa, onde deverá constar o levantamento de todos os direitos, activos, obrigações e passivos da empresa, que sejam esclarecidos os aspectos essenciais em torno do empréstimo contraído ao Banco Dexia/Netherlands e que seja esclarecida a divida da Câmara à EPUL.

Exige-se que sejam apuradas responsabilidades pela actual situação da EPUL, não aceitando que se “passe uma borracha” sobre as responsabilidades nos sucessivos actos de gestão, que conduziram aos pesados encargos financeiros hoje invocados nomeadamente os relativos aos negócios celebrados em torno da construção dos estádios para o Euro 2004 quando a tutela da empresa cabia ao executivo municipal PSD/CDS presidido por Santana Lopes.

O PCP também considera que a viabilidade de internalização da actividade da EPUL demonstra cabalmente que o objecto de prestação da empresa não se encontra esgotado.

   Após ter visto a extinção da EPUL aprovada com os votos favoráveis do PS, PSD e CDS, o PCP defendeu a internalização dos trabalhadores da EPUL nos quadros da CML, não apenas para salvaguardar os postos de trabalho dos 148 trabalhadores, como para apetrechar o município na necessária intervenção na reabilitação urbana da cidade.

   À semelhança do governo de Passos Coelho que não respeita os direitos dos trabalhadores e não tem qualquer pudor em deixar a taxa de desempregados subir a passos galopantes, os vereadores do PSD e do CDS abstiveram-se quanto à internalização dos trabalhadores, apesar do PSD já ter vindo a público defender a rescisão dos contractos de trabalho deixando no desemprego todos os trabalhadores desta empresa municipal.

   Compete agora à Assembleia Municipal a decisão final sobre o futuro da EPUL. O PCP continuará a acompanhar os trabalhadores da EPUL na sua luta, defendendo os seus postos de trabalho.





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